quinta-feira, 13 de setembro de 2007

6 e alguma coisa - amanhecendo

Não fomos o que queríamos.
Não se volta ao que se foi.
Não volta quem já foi.
Iremos todos algum dia.

Não amamos quem merece e às vezes não merecemos a quem nos ama.
Não se pára na metade do caminho, deveríamos caminhar até o fim.
Não aceitamos o que somos mas somos o que podemos ser.
Não damos o que esperam de nós, esperam o que não temos para dar.
Não sorrimos o quanto temos para sorrir.
Choramos pelo o que perdemos, perdemos a quem amamos e amamos como aprendemos.
Buscamos o que sonhamos, sonhamos o que queremos, mas ficamos esperando e esperando, nos perdemos.

escrito em 02 de janeiro de 2007

A cor que não pinta

Pintei meus cabelos e as unhas dos pés, joguei uma rodada de buraco e tomei café. Ouvi algumas canções e fui dormir: a lua me olhava através da janela e então meu coração começou a chorar.
Vou por aqui tentando mas a alma sapateando traz o choro chegando a qualquer instante. Você chega de repente, vejo teu sorriso e depois assisto sua dor. São longos três anos de saudade, não tem batom nem esmalte, não tem filme nem novela, lua nem sol. Não há nada nesse mundo que me faça te esquecer.
Pintei meus cabelos e as unhas dos pés, mas a cabeça grita e os pés caminham para um canto qualquer. Chora a minha alma e o meu coração. A dor só se acabará no dia em que eu me for e puder te encontrar; o sol só me aquecerá no dia em que eu não mais chorar.