quarta-feira, 23 de julho de 2008

Minha menina Chris, que tempos são esses?
Meu dia coméça e você nunca está, a noite acontece e você jamais voltará.
Sou só uma metade de vida e um corpo de nós, tão atados e emaranhados que jamais se soltaram.
Os dias são longos e as noites tão curtas, queria dormir o suficiente pra pelo menos sonhar, um sonho contigo junto comigo e poder papear.
Meu mundo só rui, meu peito só dói meus ólhos só sabem chorar.
Como estará nosso Cauê? como será se êle não vir? como será se êle chegar?
Queria te assistir ouvir sua vóz, partilhar sua risada, me encantar com sua lembrança pequenina sentada na janéla, procurando a mão de quem te segurava, mas não pósso te assistir e acho que morrerei sem poder.
Alguns dizem que choro por mim e não por ti, sei que é verdade, por tí não preciso mais chorar, choro por mim que não mais pósso te abaçar e te amar em movimento, e sim só em pensamento, só sonhar em te beijar, e poder escutar o pouco que queria que eu soubesse, pois sofreu sua dor sózinha pois ,o pai de seu menino você protegia.
Não consegui minha vitória, e hoje ainda estou na dependência de todos, correndo de canto em canto sem poder ter qualquer encanto.
Fiquei te devendo atênção carinho e te pedir perdão. Não pude fazê-lo, não sabia que não teria tempo e que aqueles malditos te levariam para sempre, e hoje o que me resta dentro dessa profunda e doída solidão é sómente entender os recados que me chegam , e aceitar minha própia condição, a de uma coisa sem chão, sem um canto pra chamar de meu, e seguir no tempo que résta, e esperar seu menino sair déssa opressão , e poder rir de verdade, de dentro de seu coração.
Só pósso agora esperar, que os dias passem e eu consiga suportar, éssa saudade eterna a me acompanhar.
Minha menina Chris, sou tudo metade e dentro de mim só mora a doce ilusão, de que quem sabe um dia eu e você poderemos juntas ouvir uma canção.