quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Barulho no silêncio

O barulho, os gritos e desavenças, maltratam o silêncio.
Ele não se aquieta, o silêncio está barulhento.
Na pouca calma que o dia traz a cabeça não consegue descansar.
Pense e repensa, faz perguntas e busca respostas.
Saio pra rua, estranho tudo, falam muito.
Barulho da vida, da luta, do viver e correr.
Quero silencio e não sei onde encontrar.
Não quero mais viver mas não quero partir.
Estou no laço do repetido, cansada exausta, aprisionada livre. Presa na dor que insiste em doer, na saudade que insiste em me enlouquecer.
Preciso reagir, tenho filha, meus netos, mas uma pessoa ou mesmo muitas, não substitui outra. Uma perda não se compensa, cada ser é unico e nada mudará isso.
Sei que querem me ajudar, mas ninguém pode nada.
Dicerto na loucura, viajo ao passado.
Incompreensivel, inimaginavel, insuportável.
Me deixem. Isso tudo é só meu!