sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Não sei de verdades, sei de saudades

Tem dias que o tempo para e o brilho do sol é desespero.
Há dias que se iniciam me carregando para aquele dia
Enlouqueço, penso em partir. Respiro fundo, choro profundo, penso em ficar.
De verdades nada sei, o que são mentiras nunca saberei.
A saudade é gigante, não posso olhar o dia.
Faço do escuro meu escudo, não quero olhar a verdade.
Dessa verdade sei de tudo: não tenho mais você.
Paralisia, corpo torcido, alma quebrada.
Queria uma borracha, um apagador, quanta tolice!
Na minha cabeça, no meu coração, não tem quadro negro, não tem papel.
Dias como o de hoje, só tem verdades.
Trancada no escuro, fujo do dia, fujo do sol, não tenho alegria.
Sou algo sem planos, sem chão pra pisar.
Sou brasa que queima só em lembrar.
Aprendi algumas coisas, poucas, pelo tempo que cá estou.
Contigo ao meu lado já se fazia difícil. Sem você, tudo caminha sem meu andar.
Estou indo, mas bem devagar.
Divagando nos dias que amanhecem, rasgando-me em dor, me matando na saudade.
As lágrimas são quentes e o corpo não me obedece.
Vejo teu filho, um pouco meu filho e viro vulcão: solto fogo em meu coração, sinto raiva, queria-os juntos, amor imenso, tanto a fazer.
Quero compreender, mas não consigo entender.
Vou me levantar, abrir a janela, vou permitir o sol entrar.
Sei de mentiras e poucas verdades.
Hoje, a verdade é a dor gigante, a saudade imensa e a certeza que meu presente e meu futuro é sem você.
A morte carrasca bateu na porta, mas te prometo, vou lutar tudo que puder, por você e por mim, pelo teu menino. Buscar forças e ter um canto onde eu possa ter minha paz e sossego, pra gente se falar.

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