O sino está badalando seis horas, acordei e sabia que não poderia dormir mais, pelo menos não imediatamente.
Hoje é o dia de seu aniversário e quero converssar com você. Ontem, ao telefone com sua irmã, tive uma crise de choro. Não entendo o que aconteceu, não entendo porque não pude fazer nada por você.
Se não tenho culpa por ter partido, preciso que venha me dizer pois penso que precisava ter feito algo mesmo eu não estando no mundo real, pois me encontrava em outro lugar.
Nos poucos sonhos que tenho com você, percebo que está bem mas você não diz nada e aí, fico indecisa.
Lembro que você lamentava a morte da Helena por ela ter partido tão jovem e você se foi, tão jovem também.
Quero que tenha uma festa onde está, muitos beijos e muitos abraços apertados.
No dia do seu aniversário eu mandava sempre um telegrama mas como não sei seu novo endereço vou lhe deixar uma mensagem:
Quando estiver caminhando não se esqueça de levantar seu lindo e longo vestido prateado, para que ele não se enrosque em suas lindas sandálias de estrelas.
Mantenha seus lindos cabelos soltos, com lindas margaridas ao longo de seus fios.
Com suas mãos de dedos longos e finos, faça carinho nas nuvens que passam ao seu redor e quando colher flores, coloridas e macias, coloque-as num canto fresco e iluminado para que seu perfume possa chegar até mim e me envolver como se você estivesse por perto.
Agora, vejo seu sorriso, largo e doce, seu rosto está feliz, sua alma leve e alegre, seus passos suaves e cuidadosos.
Aqui o dia está chegando, os relogios se contrapoem ao seus sons, estou fora da jaula, fétida de cigarro e há restos de comida. O ar está impregnado de desespero, medo e solidão.
Poeira por toda parte, roupas limpas e sujas se misturam, a porta sempre fechada assim como está meu coração desde que partiu. Amo você.
Escrito em 06 de maio de 2007
Hoje é o dia de seu aniversário e quero converssar com você. Ontem, ao telefone com sua irmã, tive uma crise de choro. Não entendo o que aconteceu, não entendo porque não pude fazer nada por você.
Se não tenho culpa por ter partido, preciso que venha me dizer pois penso que precisava ter feito algo mesmo eu não estando no mundo real, pois me encontrava em outro lugar.
Nos poucos sonhos que tenho com você, percebo que está bem mas você não diz nada e aí, fico indecisa.
Lembro que você lamentava a morte da Helena por ela ter partido tão jovem e você se foi, tão jovem também.
Quero que tenha uma festa onde está, muitos beijos e muitos abraços apertados.
No dia do seu aniversário eu mandava sempre um telegrama mas como não sei seu novo endereço vou lhe deixar uma mensagem:
Quando estiver caminhando não se esqueça de levantar seu lindo e longo vestido prateado, para que ele não se enrosque em suas lindas sandálias de estrelas.
Mantenha seus lindos cabelos soltos, com lindas margaridas ao longo de seus fios.
Com suas mãos de dedos longos e finos, faça carinho nas nuvens que passam ao seu redor e quando colher flores, coloridas e macias, coloque-as num canto fresco e iluminado para que seu perfume possa chegar até mim e me envolver como se você estivesse por perto.
Agora, vejo seu sorriso, largo e doce, seu rosto está feliz, sua alma leve e alegre, seus passos suaves e cuidadosos.
Aqui o dia está chegando, os relogios se contrapoem ao seus sons, estou fora da jaula, fétida de cigarro e há restos de comida. O ar está impregnado de desespero, medo e solidão.
Poeira por toda parte, roupas limpas e sujas se misturam, a porta sempre fechada assim como está meu coração desde que partiu. Amo você.
Escrito em 06 de maio de 2007
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