terça-feira, 25 de setembro de 2007

Minha filha se foi

Dor profunda, pedaço arrancado de mim.
Cratera sangrando, corroendo cada canto, cada pedaço de mim.
Pedaço dela, pingo de gente Cauê, chorando, sofrendo, perguntando, chamando pela mãe.
Ando pela casa: sapatos, bolsas, vestidos. Simplesmente não atino.

Cada canto, cada coisa. Como dói.
Peito esmagado, dilacerado. Tristeza, saudade.
Choro sem parar, sem trégua, mas as lágrimas não caem; estão presas, amarradas no medo e na solidão; estão presas na única certeza que tenho: ela se foi para sempre.

Sem despedida, sem beijo, sem boa noite.
Nunca mais o bom dia, as conversss e os planos.
Nunca mais sua gargalhada, seu sorriso maroto.
Cratera profunda, enorme. Pedaço arrancado de mim.

Nenhum comentário: