terça-feira, 2 de outubro de 2007

Um novo dia

A cada acordar, te busco no abrir dos olhos. O peito se aperta e começo a chorar. A tristeza é tão grande, tão cheia de um vazio imenso! Busco correndo sua irmã, seu pai e as crianças. O dia é de fato novo e sua ausência é de fato eterna. Ligo o rádio e penso: por hoje minha vida continua. Estou buscando o que já busco há vários anos, mas com uma doída diferença: as dores e mágoas são maiores.
Quero fazer plágio de algo que li não sei onde para dar cor à minha vida:

Meu pai era escuro. Minha mãe, lilás. Minha vida já foi cor de rosa e meu coração dourado. Hoje estou transparente mas cheia de um verde crescente, buscando desesperadamente o branco da paz, que por ora se faz ausente. Conto com o dia que chega brevemente carregando em seu céu um azul singelo e uma lua de prata. Passeata de estrelas e cantos a beira mar, uma roda de amigos e paz a borbulhar. Não passo te buscar, não pode mais voltar. Tenho que aceitar,mas antes, preciso aprender. Me falta o chão, me falta a respiração. Falta sua vida, falta você!

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